sábado, 9 de abril de 2016

ABU DHABI - Campeão inédito e festa na Liga

Reação de fênix: Rafael Zambra segura adversários, conta com a sorte e conquista título inédito
Piloto da Porsche venceu quatro dos últimos cinco GP's e viu conquista quase escapar. Haas leva título nos construtores

Uma reação simplesmente espetacular. Após um começo de temporada irregular, Rafael Zambra nem aparecia na lista de postulantes ao título mundial. Fazia uma temporada até boa, mas não era o meio da tabela que ele queria. Durante as férias dos pilotos, os mecânicos da Porsche trabalhavam duro no acerto do carro. Viravam noites para fazer o carro se superar. Deu resultado. Nas cinco últimas corridas, o piloto voou. Venceu em Paul Ricard, Spa, Monza. Viu Tassiana Chagas vencer em Interlagos e encaminhar o tricampeonato. Zambra subiu ao pódio e levou a disputa pra Abu Dhabi. Antes disso, ela só havia vencido o GP de Portugal, no Algarve. Em Paul Ricard, foi o motor. Na Áustria, problema elétrico. Em Spa, capotou após ser tocada por uma Red Bull. Monza, novamente o motor. No Brasil, grande vitória. Como Senna em 91.

Tassiana Chagas venceu em Interlagos. Debaixo de chuva, a bicampeã lembrou Senna em 1991

Em Abu Dhabi, ele largou bem, mas foi a bicampeã quem saiu melhor. Ia abrindo distância. O tricampeonato de Tassiana estava cada vez mais perto, e ainda tinha Guto Reis. O piloto da Haas ficou o tempo todo atrás do próprio companheiro, Lucas Costa. A estratégia dos americanos era de que o ex-piloto da Ferrari ficasse na frente, mas mudariam radicalmente na quinta volta. Tassiana liderava, até que o carro ficou lento e parou de vez. Ela tentou voltar, sem sucesso. O box da McLaren ficou mudo. Ali mesmo, dentro do cockpit, ela lamentou e tirou o volante. Sabia que tinha acabado. Zambra assumiu a ponta, e a estratégia da Haas mudava. Como Lucas era o segundo colocado, que colasse no gaúcho. Que fosse pra cima como se ele próprio estivesse disputando o título. Com ele em primeiro, Guto só precisaria ser segundo colocado para ser bicampeão. 

Tassiana e Rafael Zambra travaram duelo emocionante em Abu Dhabi
O ex-McLaren tentava fazer a sua parte. Lutava, tentava fazer boas parciais e diminuir a distância, mas a noite era da Porsche. Tassiana ainda podia ser campeã. Bastava que Zambra e Guto terminassem do sétimo lugar para baixo. Era muito difícil.

Rafael Zambra se tornou o segundo piloto da Liga a conquistar o título mundial de F1

Lucas chegou a ameaçar, mas sem sucesso. Zambra cruzou a linha de chegada na primeira posição e se emocionou no rádio com a equipe. Agradeceu aos mecânicos, engenheiros e ao companheiro Gabriel Jarecki. Era o segundo piloto da Liga (ao lado de Guto) a ser campeão mundial. Nos construtores, a Haas levou o título. A Porsche terminou no quarto   lugar.


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